26 de mar. de 2011

Volte-se para dentro de si



por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br

“Conheça-te a ti mesmo”.

Frase sábia, não? Desde os primórdios dos tempos, Jesus Cristo, o Mestre dos mestres, dirigia-se claramente aos cristãos, quando o questionavam sobre os infortúnios da vida. Creia, essa frase permanece atualíssima em nosso tempo.
Ocorre que nós, seres humanos, estamos sempre preocupados e voltados para o nosso exterior; preocupa-nos o que vestir, como andar e para onde ir, em tudo nos metemos a sabedores, discorremos sobre a nossa história como melhores em tudo.
Vivemos a cultura da mesmice onde repetimos como papagaios tudo que ouvimos de bobagens e toda a ordem de jargões e piadas machistas de celebridades de segunda categoria, que se acham engraçadas atrás de um microfone.
Carregamos o estigma de uma elite quatrocentona completamente rançosa de preconceitos que já não cabem no século XXI.
Dou aqui um exemplo: outro dia, vi uma senhora de classe média, “digamos que alta” discorrendo em uma gravação de um jornal televisivo a respeito do tempo em que estava aguardando na fila para a adoção de uma criança.
Dizia ela que achava que estava esperando há muito tempo ser chamada, pelo perfil da criança que ela havia optado para adoção.
Queria uma criança de até um ano de vida. Essa criança tinha que ser branca e não de outra etnia (palavras dela) e continuou: Não estou preparada para outro tipo de criança que não possua esse perfil.
Detalhe: a grande maioria de crianças disponíveis para adoção são crianças negras e pardas com aproximadamente 3 a 5 anos de idade.
Eu diria que essa senhora não está preparada para nada na vida e, certamente, iria ser mais feliz indo a um pet shop comprando um cachorrinho.
Entendem qual é o ponto?
Possuímos uma visão externa de mundo que não é compatível com a realidade. Queremos o agradável, o belo aos nossos olhos. Somos escravos da cultura da beleza grega, procuramos companheiro (a)s caucasiano (a)s, como estereótipos de famílias perfeitas. Temos todo tipo de preconceito quando se trata da nossa vida.
E o pior: não nos conhecemos, não temos idéia alguma de quem somos, vivemos à margem da grande realidade da vida que é o conhecer si mesmo.
A vida nos é dada dentro do ventre da nossa mãe, surgimos de dentro para fora, nada acontece fora sem antes acontecer no útero da nossa mãe.
Parece óbvio, não?
É urgentemente necessário que tenhamos nossos olhos voltados para o nosso interior, nos preocupamos demasiadamente com a nossa aparência, com nosso cabelo, com a pele bronzeada, nossas mãos, nossos pés, queremos tudo impecavelmente bem cuidado e nos esquecemos do nosso interior, esquecemos de cuidar da nossa mente que é vital para circularmos nesse mundo de uma maneira sadia.
Despejamos em nossa mente todos os dias o lixo adquirido da nossa existência, toda amargura, infelicidade, inveja, maldade, pensamentos negativos, e buscamos ser felizes com todo esse lixo acumulado em uma caçamba lotada dentro de nós.
Vivemos uma vida estressada com todos os afazeres que nos compete no dia-a-dia, não temos o cuidado necessário com a nossa saúde, esquece-mo-nos que sem esse devido cuidado, de repente, essa maravilhosa máquina pode precisar de uma manutenção. Tenha certeza, você não é insubstituível, caso falte; alguém irá tomar o seu lugar...
Vivemos sempre insatisfeitos com nossa situação atual, se ganhamos bem, nosso trabalho nos estressa, se ganhamos mal reclamamos e nos acomodamos naquele mesmo emprego, por medo de mudar e nada fazemos. Queremos sempre estar onde o outro está, norteamos sempre a nossa vida pela vida do outro.
Inveja, sentimentos baixos, rancorosos não irá ajudar em nada a sua vida.
Vivemos em uma sociedade tão sufocante pela correria do nosso dia que não temos tempo e muito menos vontade para nos interiorizarmos e nessa falta perdemo-nos completamente, haja vista que quando temos a oportunidade de tirarmos alguns dias de férias, não conseguimos de maneira alguma relaxar, muitas das vezes não suportando o silêncio e a tranqüilidade do local que escolhemos para o nosso descanso. Mais uma vez, nossa mente está cheia de entulho.
Andamos acelerados demais, começamos nosso dia irritados, descarregando em nosso organismo uma quantidade muito alta de adrenalina que em nada irá nos ajudar.
Precisamos fazer essa viagem interior, procurar cuidar da nossa mente, limpar todo o entulho mental que carregamos há anos e não nos damos conta.
Redefinir atitudes egoístas, limpar todos os pensamentos negativos, repensar valores, ser tolerantes com o próximo e nunca desejar ao outro o que não desejamos para nós mesmos...
Faça essa viagem interna e “conheça-te a ti mesmo”.


Pense nisso.

Nelson Sganzerla








25 de mar. de 2011

Onde você estiver, procure estar lá de verdade


por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br


Sei que acharão estranho estar em determinado lugar e ao mesmo tempo não estar, ou, muitas vezes, estar e não percebermos que não estamos. Louco isso, não?

Quantas vezes vamos a determinados lugares que preferíamos não ir, muitas vezes vamos contrariados, pela insistência dos amigos; lugares que não sabemos bem o porquê, mas nos sentimos mal desde o momento em que entramos e nos deparamos com pessoas que nada têm a ver com o nosso agir, nosso falar e nosso pensar.

Tenho certeza que você já se sentiu assim. Em uma reunião com velhos amigos, em uma festa acompanhando alguém, uma viagem que insistiram para que fosse, um aniversário de quem você nunca viu mais gordo, mas você foi para agradar terceiros, enfim... lugares e momentos que além de não nos dizerem nada, nada agregam à nossa vida. E, no dia seguinte, nos perguntamos - O que é que eu estava fazendo lá?

Mas eu lhe digo: na verdade, você não estava lá.

Pois é... muitas vezes o nosso espírito, o nosso eu interior, fala conosco através desses sentimentos de estranheza de repúdio, de incômodo, mas nunca damos ouvidos; ao contrário, procuramos insistir em momentos que a nada nos levam, a não ser a um sentimento de vazio interior.

Para estarmos felizes, onde quer que estejamos, precisamos antes de tudo estar por completo, em mente, corpo e alma e, definitivamente, estarmos lá de verdade.

Dou aqui como exemplo: o dia da nossa formatura, o dia em que nasceu o filho, o dia do primeiro beijo, momentos inesquecíveis que não irão se desmanchar com o passar do tempo, porque estávamos lá de verdade.

Fazemos tantas coisas de uma maneira mecânica, até para seguir determinadas convenções sociais, que não nos damos conta do tempo que desperdiçamos com bobagens e com tantas outras inutilidades em nossas vidas.

Eu tomei há muito tempo uma decisão em minha vida: Não vou mais a lugares onde não me sinta bem, onde não estarei lá de verdade, não mantenho nenhum tipo de amizade com quem nada me diz, e fujo dos espertalhões que em tudo querem levar vantagem.

Noto que hoje o mote das pessoas é se vangloriar de atitudes que ao meu modo de pensar não existe valor algum. Atitudes machistas, fúteis, mal educadas e desrespeitosas para com as pessoas, e vantajosas só para um lado.

Não freqüento mais a casa de pessoas invejosas e nem faço questão nenhuma que freqüentem a minha; pessoas que são interesseiras, que procuram sempre saber como você vai e não como você está.

Pessoas que querem saber com que carro você está andando, como vai a sua empresa; se você está ganhando dinheiro ou não; pessoas que não conseguem ser feliz com sua própria vida. Notei que se assim eu o fizer, não serei eu e, definitivamente, não estarei lá.

Portanto, eu sei que existem coisas que muitas vezes não dá para mudar, principalmente no mundo corporativo, onde as amizades são na maioria por interesse, mas posso mudar o meu interior e não ser mais um, nesse inconsciente coletivo, onde falsos valores misturam-se com verdadeiros e a palavra ética há muito ficou esquecida. Definitivamente, sei e escolho onde quero estar de verdade.


Pense nisso.
Nelson Sganzerla 









Qual o medo que te persegue?


por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br

A palavra medo é tão pequena, mas quanto arrepio nos causa quando a ouvimos sendo pronunciada! Tantos são os medos que nos acompanham durante nossa trajetória por esse planeta Terra! Existem pessoas que têm medo das coisas físicas, medo de animais, de insetos; tive uma professora do cursinho que tinha pavor de borboletas. Conheci uma pessoa que não podia ver um cachorro, grande ou pequeno, que entrava em pânico a ponto de perder a respiração. Imagino que em outra vida tenha tido um grave problema com esse fiel amigo do homem.

O fato é que esse medo se contorna; mas existem medos diferentes, desses que freiam a nossa evolução, atrapalham nosso desenvolvimento e muitas vezes nos deixam reclusos dentro de nossas próprias casas. É comum nos dias de hoje pessoas que sofrem de síndrome do pânico, coisa que há tempos atrás nunca se tinha ouvido falar. Pessoas que passam mal dentro do metrô, dentro de elevadores, não suportam lugares com aglomeração; têm pânico de falar em público (quero dizer que existe tratamento para isso e temos pessoas competentes que, aqui no site, escrevem sobre isso e por quem eu tenho um profundo respeito). Há pessoas com depressão profunda, cuja única atividade é a de dormir o dia inteiro nos fins de semana, sem vontade sequer de abrir as janelas do quarto.

A vida nas grandes cidades anda muito conturbada, tantos são os medos que carregamos em nossos ombros todos os dias em que saímos de casa. Medo de perder o emprego, de não ter dinheiro para pagar as contas, de não ir bem na entrevista profissional, de bombar na faculdade, de perder o marido (ou vice-versa) ou, então, medo de ser assaltado no farol, do seqüestro relâmpago.

Hoje tudo cobra rapidez a ponto de não sobrar tempo para planejarmos com vagar nossas ações. Temos que sair de casa toda manhã - faça chuva, faça sol - e matar dois leões todos os dias, deixando sempre um leão para o dia seguinte. A família nos cobra resultados (o marido cobra, a mulher cobra, os filhos cobram, a sociedade cobra); não temos mais o direito ao erro. Temos que parecer perfeitos. Isso tudo se somatiza e se transforma em medo de não dar certo, de não conseguirmos nosso objetivo, de não superar uma fase que não seja boa. Nós homens, então, somos cobrados para sermos sempre vitoriosos e vencedores. Daí, quando perdemos o emprego e não conseguimos recolocação, somos fracassados.

Mas se paramos para pensar, há anos atrás não éramos assim, não vivíamos assim entediados pelo começo de um novo mês ou de uma nova semana (costumamos dizer que, no domingo, após o término do Fantástico, começa o nosso tédio). Não é assim?

Esquecemos da nossa condição humana, esquecemos que não somos máquinas e não respondemos ao comando de botões e teclas. Esquecemos de nos darmos conta que atrás de um crachá, de uma gravata ou um tailler de executiva, existe um ser único que somos nós e que não dá para nos furtarmos do nosso cuidado.

A falta de qualidade de vida intensifica nossos medos. Passamos a maior parte do dia em um congestionamento. Almoçamos em fast foods; em meio a uma ligação e outra fazemos reuniões para decidir outra reunião. Nossas pontes, hoje, são aéreas; o tráfego intenso acontece no céu. Pois é, não somos nem um pouco diferentes. Todos nós carregamos uma cruz, umas mais pesadas que outras. Faz parte da nossa passagem aqui na Terra e cada um de nós, tenham certeza, escolhemos a nossa.

Temos que ser multitarefeiros nesse mundo globalizado, mas não podemos negligenciar nossa saúde, pois todos esses medos, anseios, angústias que nos acompanham estão morando e crescendo dentro de nós e um dia virão à tona em forma de hipertensão, alto colesterol, pânicos, problemas cardiovasculares e outros problemas próprios do nosso tempo.

E quando nos dermos conta disso, não seremos mais os meninos que fomos. Nossos cabelos estarão grisalhos, nossas crianças já serão adultas, nossos netos não terão mais paciência conosco; nossos amigos aos poucos estarão indo embora, nossa companheira não será mais a bela mulher que era. Estaremos ficando cada vez mais sozinhos e quando nos dermos conta já não dará mais tempo para enfrentarmos o medo que nos persegue.

Por isso, pare enquanto há tempo! Curta mais a sua vida. Vá a lugares diferentes, dê preferência ao ar livre; pratique esporte; ande com sua mulher (ela vai adorar!). Assuma que você é igual a todo mundo, com tristezas, alegrias, incertezas. Não queira parecer nunca o que você não é, pois a vida vai cobrá-lo mais dia, menos dia.


Pense nisso.
Nelson Sganzerla




O que você pretende ser nesta vida...


por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br


Tenho pensado muito naquela velha pergunta que todo adulto faz às crianças:

- O que você quer ser quando crescer?
Acho que muitos de nós já respondemos a essa pergunta quando éramos crianças.
Mas o ponto é: Você realizou o que tanto queria ser? Hoje você está realizado(a) com o que se tornou? Você hoje realmente é o que queria ser?
Nós, humanos, temos a mania de nos acomodarmos, de aceitarmos as coisas como elas parecem que são; veja bem, eu disse parecem que são.
Então, na maioria das vezes nos frustramos por não termos sido aquilo que queríamos ser, seja por falta de garra e luta nossa ou por ausência de apoio dos nossos pais, quando ainda crianças; ou caso não seja nenhum dos dois motivos, certamente iremos encontrar vários. Isso é próprio da natureza humana.
Em geral, é normal nossos pais exigirem de nós aquilo que eles não puderam ser, por falta também de um apoio de seus pais, nossos avós.
Entramos em uma faculdade que não queríamos e nos formamos em uma profissão que detestávamos. Hoje aí estamos sem a menor condição de exercermos nosso trabalho.
É duro, eu sei. Mas esse é o ponto, isso faz a diferença em nossas vidas. Jamais poderemos ser felizes fazendo o que não gostamos. Nunca poderemos crescer como pessoas plenamente conscientes do que fazemos se somos frustrados, vivemos entorpecidos pela frustração do dia-a-dia, cheios de tédio pelo marasmo em que tornamos a nossa vida.
Temos medo de sermos o que realmente queremos ser. Vivemos nossa vida como em geral os americanos dizem: By the book, o certinho, sem coragem para sair dessa linha que divide a infelicidade da felicidade; é uma linha tênue, sim, mas é preciso coragem para atravessá-la.
Vivemos ansiosos com tudo que pensam a nosso respeito e com o que acontece à nossa volta e nos esquecemos de nós mesmos, de nossas necessidades e nos preocupamos com os amigos, os filhos, a família...
Qualquer grupo desses citados acima, se não nos entende, jamais poderá considerar-se como tal.
Amigo é aquele que mesmo não concordando nos entende e sempre quer o melhor para nós.
Filhos são a nossa continuação, foram gerados por nós, sempre serão nossos filhos e sempre estarão ao nosso lado. Óbvio que existem exceções, os filhos egoístas por exemplo, que não suportam a felicidade dos pais.
Família é a base de tudo, portanto se ela está bem estruturada, nada nos abala e teremos o apoio que tanto necessitamos.
É difícil, eu sei. Em qualquer área da nossa vida, mergulharmos de cabeça no incerto, no desconhecido sem sabermos o que iremos encontrar no fundo desse oceano. E muito menos sem a certeza de emergirmos. Mas vocês conhecem outro meio? Tenho plena certeza de que se alguém detivesse esse conhecimento, estaria milionário. Afinal, quem é que não quer ter a certeza de sucesso na vida.
A única maneira que temos para seguir esse caminho é acreditarmos no nosso potencial como ser humano, acreditarmos que tudo podemos e que esse é o reino de todas as possibilidades e com Deus nada nos faltará.
De nada irá adiantar vivermos nossos dias com lamúrias, amargurados carregando um fardo muito pesado em nossas costas a ponto de não nos permitirmos levantar a cabeça e expandirmos o nosso horizonte através do nosso olhar de fé.
A grande diferença de quem faz sucesso na vida e de quem é infeliz é essa linha tênue, é a coragem para atravessá-la e saber que somos nós quem comandamos a nossa vida e ninguém, de maneira alguma, poderá interferir no nosso trajeto.
O nosso sonho de felicidade só pertence a nós, e somos nós que temos que persegui-lo.
Sei muito bem. Muitos estão dizendo que estou chovendo no molhado, que essas frases de efeito são o clichê do clichê.
O fato é que nossa sociedade criou uma cultura que nos impede de ver essa realidade, e leva-nos a pensar que tudo se resume ao dinheiro, criou a cultura da dor, do medo, da incerteza, da preocupação de futuro.
Afinal, porque levar o conhecimento a todos, se quanto mais o detivermos, mais fácil será manipular, coagir, fraudar, escravizar, pagar baixos salários, oferecer migalhas como cestas básicas, agradar com gorjetas?
É isso que a sociedade faz e é isso que nos ensinam. Dessa maneira viveremos sempre à margem do que na realidade queríamos e gostaríamos de ser nessa vida.
Mude já, não espere, reveja conceitos, observe de que maneira você está vivendo a sua vida. Você manipula ou é manipulado? E veja, não há diferença nenhuma entre as duas coisas.
A diferença é você quem faz, com a coragem de realmente buscar. E ser aquilo que você quer ser nessa vida, não importa a idade, não importa se você ainda está buscando. Não se acomode, nunca se dê por vencido(a). Sempre há tempo para mudar! Frustração só existe para quem não acreditou e nunca foi atrás...

Pense nisso.


Nelson Sganzerla








Quem é você ?

por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br

Para onde essa pergunta o remete? Eu confesso que se eu tiver que responder de bate-pronto, uma pergunta dessa, sinceramente não saberia respondê-la. Vivemos anos e anos, nos especializamos em várias atividades profissionais, nos relacionamos com tantas pessoas, fazemos tantos amigos, que ao longo da estrada ficam no caminho. Somos pais, chefes de família, mães administradoras da família, diretores, colaboradores, amantes, amigos, colegas, maridos esposas, filhos e filhas.

Mas sabemos quem realmente somos?

Experimente sentar-se em um fim de tarde, em algum lugar que seja tranqüilo para você, de preferência em meio a natureza, relaxe seu corpo e mente, coloque-se confortavelmente nesse lugar, procure olhar à sua volta; preste atenção aos ruídos da natureza, o canto dos pássaros, o som do vento entre as folhas, o balançar das flores, o brilho do sol já se pondo... respire fundo diante do que vê à sua volta.
Caso você não conheça ou não tem como ir a um lugar parecido, procure tê-lo em sua mente e procure sentir as mesmas sensações.
E pergunte - quem eu sou? O que estou fazendo nesse mundo?
Você irá sentir a resposta vindo de dentro de si, lá dentro da sua alma e essa resposta eu tenho certeza que só servirá a você e a mais ninguém, sabe por quê?
Porque você é única e igual a você não existe ninguém mais, você é a sua individualidade, portanto, sem se conhecer realmente, ficará difícil mensurar a grandiosidade do seu ser, mensurar o porquê está aqui entre nós.
O que aparentamos ser nada tem a ver com o que realmente somos. Não queira tomar como direção para a sua vida esse exterior que está à frente dos seus olhos; esse exterior, violento, frio, retorcido, desfigurado, barulhento e pouco acolhedor; esse inconsciente coletivo que escraviza e cega a humanidade levando-a para o limbo e para o umbral onde está o lixo que nenhum de nós pode suportar. Tenha em mente que você é um ser de luz e que dentro de si estão todas as respostas que precisa saber para os seu males aqui nesse mundo físico.
Pare, medite procure conhecer cada vez mais o seu interior e ouvir em meio ao silêncio das suas meditações a sua voz interior, a voz do seu mestre.
Não se permita ser escravizado mentalmente por pessoas que já são escravas, nesse mundo físico e o que mais querem e puxá-lo (a) para o limbo de onde já se encontram.
Você tem que encontrar a verdadeira resposta de quem é, e da sua felicidade, sua paz de espirito dentro de você, deixando-se desacelerar... o seu ritmo cardíaco, sua respiração, ninguém atinge a paz e se descobre em meio a uma multidão cega ou com falta de luz.
Arranje um canto só seu, onde ninguém poderá invadi-lo.... com seus incensos, velas, luzes, mantras, orações seja lá qual for a sua preferência e reflita, medite e pergunte sempre quem é você?

Pense nisso.
Nelson  Sganzerla





24 de mar. de 2011

Desculpas nunca caminham junto com a palavra prosperidade


por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br

Hoje eu estava me lembrando dos tempos de escola, quando ainda garoto, tinha que levar o boletim para casa com as notas baixas de matemática. Não existe pior tortura para um garoto, que a de levar boletim para os pais. Na verdade, nunca me sai bem com as notas de matemática e talvez por isso me tornei escritor.
Mas, lembro-me como se fosse hoje, quando minha mãe olhava as notas vermelhas e me fazia estudar, cortando a TV e os amigos. A minha desculpa era: mas, mãe, todos lá na classe tiraram notas baixas! (como se isso me eximisse de qualquer culpa).

E minha mãe dizia: todos são todos, você é você.

Hoje eu entendo. Na verdade, eu queria me nivelar por baixo, já que poucos eram os que tiravam boas notas. Isso eu já fazia com meus nove ou dez anos.
Infância à parte o ponto é: vocês perceberam que as crianças já possuem a tendência de procurar uma desculpa, para aquilo que não conseguem realizar? Sempre existe uma desculpa que automaticamente vem à mente e lá se fixa como um adesivo no vidro de um carro, escancarado para o mundo ver.
Não damos conta que, já crianças, começamos a cultivar essa erva daninha chamada desculpa, e que ela crescerá com raízes profundas em nós. E, como uma parasita, irá se entranhando por entre nossos pensamentos, sugando pouco a pouco a nossa capacidade de luta pela vida, com uma máscara a esconder quem de fato somos.
Nós, diante de um fracasso, de uma derrota na vida, sempre teremos excelentes desculpas, sempre estaremos certos. Se não logramos êxito em qualquer coisa que seja, a culpa nunca será nossa, sempre haverá uma desculpa em nossa mente.
O que estamos fazendo com esse pensamento? Estamos nos nivelando por baixo, mais uma vez. Estamos sem perceber, nos juntando à grande maioria dos derrotados, que não conseguiram prosperar na vida.
Quantas vezes, já ouvimos e até falamos as frases: Eu cansei, não quero mais, eu desisto... para mim, chega! Eu já fiz de tudo e fulano não me entende... Já cheguei no meu limite de paciência, já dei tudo de mim... Está muito difícil resolver tal problema.
Será que realmente fizemos? Será que realmente batalhamos? Ou mais uma vez foi melhor usar a velha desculpa de que tentou de tudo... de que queria muito aquele emprego mas, infelizmente, perdeu para outro mais preparado; queria muito fechar aquele projeto, mas a empresa concorrente entrou com um preço absurdo e você perdeu na proposta.
Temos, por hábito, sempre tirar o foco da nossa pessoa e colocá-lo em outra. Quando não nos convém, é difícil arrancar essa raiz. Praticamos esse ato desde que somos crianças e não damos conta disso. Agora, já adultos, não conseguimos agir de outra maneira que não seja essa, mas, a quem estamos enganando, se não a nós mesmos? A quem estamos passando esse tipo de atitude senão aos nossos filhos... quando passamos a mão na cabeça deles, diante de algumas desculpas, apesar de notarmos algum problema...
A prosperidade não é para todos... A grande maioria não prospera, a grande maioria encontra sempre uma desculpa, a grande maioria não admitiria nunca que errou e sempre encontrará uma desculpa. O que você vai escolher para você? Ser maioria ou ser minoria, ser mais um a reclamar que a vida foi muito difícil para você, ou ser mais um a desfrutar do resultado da sua luta pela vida que é a sua vitória.
Hoje eu sei que desculpas não são para os vencedores e que elas jamais caminham junto com a palavra prosperidade.

Pense nisso.
Nelson Sganzerla







Diga-me quem és... E te direi com quem andas.


Diga-me quem és... E te direi com quem andas

por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br


Quero aqui fazer uma ressalva: essa frase-título não é minha, mas de um comunicador de rádio - Hélio Ribeiro - em seu livro de crônicas "O Poder da Mensagem", escrito acho que na década de 80.
Notaram como vem a calhar tal indagação? Na verdade, quem somos realmente? Como trilharemos a nossa vida aqui, no grande planeta Terra? Com o que contribuiremos para a nossa evolução ou para a evolução do próximo?
Se pararmos seriamente para pensar, são tantas as coisas que deixamos de fazer que merecemos voltar novamente nessa grande nave-mãe em sua próxima viagem ao planeta.
Não vamos nos iludir: esse mundo um dia irá acabar para nós que já nos acostumamos com todo tipo de vida que se apresenta, mas irá começar para outros seres que virão e que já estão vindo. Abro aqui um parêntese para a minha afilhada - Fernanda - que acabou de chegar, com sua consciência, seu caráter já alinhavado; como ela, pessoas que chegaram depois de nós irão ver coisas que não veremos, com certeza acharão ridículos muitos costumes e valores nossos, mas vão construir, como eu, como nós, as suas histórias de vida.
Na verdade, temos que saber quem somos, e de que maneira somos, para construirmos com sabedoria e muito amor a nossa história de vida, pois será essa história que dirá quem fomos e os amigos que fizemos ao longo da nossa jornada nesse planeta.
Não consigo imaginar alguém que não procure descobrir-se, que possua uma linda história de vida. Para isso temos que ter a nossa identidade e, junto dessa identidade, temos que exercer a nossa personalidade, seja ela qual for. Portanto, não podemos de maneira nenhuma sermos mornos - "aos mornos eu vomitarei"; já escrevi um artigo a esse respeito.
Se tivermos uma postura negativa em relação à vida, pessoas negativas sempre estarão ao nosso redor. Se o nosso caminho for o de obter vantagens ilicitamente iremos ter como amigos exatamente o espelho do que somos. Não dá para fugir disso, não adianta reclamarmos; em geral atraímos pessoas que são o nosso espelho, tanto para o BEM quanto para o MAL.
Entre o mal e o bem, acho que todos, com algumas exceções, irão preferir o bem. Digo isso porque sei que muitos preferem o caminho do mal. Notem, não quero aqui ser maniqueísta, mas por isso Deus nos concedeu o livre arbítrio e o que é mal para uns, pode não ser para outros e vice-versa.
Nós, através desse livre arbítrio, construímos os nossos caminhos e a nossa história de vida: um diamante bruto que teremos que lapidar, precisaremos trabalhar para melhorar sempre e obtermos o merecido valor. Isso consiste em um árduo trabalho de lapidação, um árduo trabalho de entrega, de aceitação, de batalhas internas, descobrimentos, mágoas, traições, indiferenças, invejas e ressentimentos.
Sim, a vida é temperada por todo tipo de sentimentos. Eu diria que 90% constitui-se de transpiração e 10% de inspiração. Todos nós teremos que experimentar e vivenciar sentimentos ora agradáveis e, na grande maioria das vezes, desagradáveis. Mas é dessa maneira que temperamos nossa existência, é dessa maneira que nos tornamos alquimistas e transformamos o chumbo em ouro.
Nossa existência é permeada pelo nosso caráter, pela maneira de conduzirmos a vida tanto nos bons quanto nos maus momentos. A maneira como tratamos o nosso semelhante é de fundamental importância: o bom pensamento, o espírito humanitário, a vontade de fazer o bem e nesse quesito não importa raça, condição social ou nível cultural, somos todos iguais perante DEUS.
São exatamente tais quesitos que irão nos identificar e também identificar as pessoas que andam conosco nessa incrível jornada que se chama VIDA.

Pense nisso.

Nelson Sganzerla