1 de abr. de 2011

Ser feliz, você já tentou?



por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br

Se a gente for procurar pensar na felicidade “macro”, daquela em que o mundo é totalmente carente de solidariedade, amor, compaixão não é preciso ser nenhum expert nesse assunto, é só procurarmos ler os jornais assistir os noticiários na TV que está tudo lá, estampado em fotos medonhas, em letras maiúsculas, toda a infelicidade desse velho mundo.
É fato que, desde os primórdios, os povos lutam por sua sobrevivência e contra a sobrepujança dos poderosos. Foi assim com a maioria dos impérios, “povo sempre foi povo” e assim é sempre tratado como tal pelo poder que ora se traveste de lobo, ora de cordeiro, mas sem nunca perder o vício.
Muito bem. Dito isso, acredito que seja bastante difícil a nós, mortais, tentarmos mudar a infelicidade do mundo, quando se trata do “macro”, quando se trata de culturas fundamentalistas, xiitas radicais e por que não dizer, às vezes até idiotas, com todo respeito a todas elas.
O ponto mais uma vez é: o que fazemos nós com a nossa vida? Com o nosso dia-a-dia, com as fotos que tiramos da nossa vida e armazenamos no HD do nosso computador, com as manchetes que procuramos divulgar dos valores que temos em nosso pequeno mundo em relação ao “macro“.
O mundo do nosso trabalho, da nossa família, dos nossos amigos, das pessoas com quem interagimos a todo momento, seja na rua, em nosso trânsito louco, no restaurante onde almoçamos todos os dias, muitas vezes apressados, preocupados com relatórios por fazer, propostas para fechar e reuniões para organizar.
O que fazemos com a nossa felicidade que tanto buscamos, se corremos atrás do vento e não percebemos, que estamos deixando de lado o foco daquilo que mais queremos que é ser feliz. Fazemos tudo automaticamente, dirigimos automaticamente, pensamos automaticamente, agimos automaticamente, a ponto de não valorizar o outro.
Certa vez, marquei uma reunião com uma pessoa bastante próxima a mim e ela me disse:
- Podemos falar somente por meia hora, ok? Das 10h às 10h30min, pois não tenho mais tempo. Naquele momento, ela me disse na entrelinha que iria me atender simplesmente por um simples favor. Imaginei: se sou próximo a essa pessoa e assim sou tratado, imagine se não fosse.
Percebem que nos tornamos superficiais em nossas relações, seja no trabalho, em nossas reuniões sociais e até em casa com nossos filhos? Não temos tempo para pessoas próximas a nós.
A cultura de massa não permite que tenhamos tempo, nossas conversas não têm mais consistência, discutimos programas de televisão absurdos, defendemos tese no futebol, a última capa da revista masculina... somos até juízes. É tudo tão superficial que nos esquecemos de falar de vida, de sentimento, de atitudes em direção à felicidade. Nossas vidas giram em torno da moda, em torno da viagem do momento (afinal, todos estão indo para tal lugar) está muito barato fazer um cruzeiro que pagamos para nos sentirmos mal em alto-mar, afinal, dizem que é chique e poderemos contar na roda social e artificial, no Buffet da moda onde comemoramos o aniversário do nosso filho.
Nas baladas, as casas noturnas repletas de pessoas iguais, rostos e corpos deformados artificialmente como se fossem flores artificiais em vasos de plástico.
Sim, algumas mulheres estão parecendo flores artificiais em um vaso de plástico, na tentativa de serem felizes, na tentativa inútil da busca da felicidade.
A felicidade está no simples, está na conversa ao redor da mesa com os amigos, sem a comparação daquilo que um tem e o outro não, amigos se parabenizam, ficam felizes com o crescimento do outro. Na verdadeira amizade, não tem lugar para a inveja, tudo deveria ser muito simples, mas as amizades são cultivadas de acordo com o que o outro pode nos oferecer.
O simples é o chique, o simples é a felicidade. O chique não é ostentar uma casa bonita e bem arrumada, mas vazia de vida, sem a companhia dos reais amigos para desarrumá-la e achar que se é feliz se empanturrando de comida em um sofá de grife.
Quanto a seu filho? Será que você já tentou levá-lo a um parque ao ar livre ao invés de acotovelar-se em um shopping? Mostrou a ele uma tartaruga, um coelho ou até uma galinha, ou deu a ele o último game da moda? O tênis igual ao do amiguinho da escola? Dessa maneira você estará criando o seu algoz.
Não somos felizes simplesmente porque não tentamos, vivemos presos àquilo que achamos que é o certo, àquilo que todos fazem, nossos valores são superficiais, porque pensamos e agimos de acordo com essa cultura massificada das telonas em cada uma das casas, dos games, do tratamento superficial com que tratamos a todos que convivem conosco.
Enquanto esse nosso pequeno mundo ao nosso redor não tiver a nossa consciência de mudança, não poderemos jamais reclamar e dizer que o mundo anda uma droga e que está complicado de se viver. Este mundo que está aí é feito por pessoas tão egoístas como nós. Este mundo que está aí, eu diria que é simplesmente o nosso espelho.

Pense nisso.
Nelson Sganzerla




30 de mar. de 2011

Até que a distância os separe


ATÉ QUE A DISTÂNCIA OS SEPARE.

por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br

Eu confesso: Sou romântico! A minha geração passou pelos anos 70 onde se gritava o bordão PAZ E AMOR, tempos do Rock in Rio, Led Zeppelin, Genesis, Dylan, mas também existia o bar, o banquinho e um violão onde todos entoavam o refrão: “Vi tanta areia andei, da lua cheia eu sei, cansei de ser sozinha”, época da Cuba-Libre e dos bailes de garagem, Bethania surgia cantando Gonzaguinha e lendo maravilhosos textos de Fauzi Arap.
Sou do tempo que toda garota tinha em sua estante aqueles bolachões com músicas temas das principais novelas das oito e todo fim–de–semana nos reuníamos na casa de alguém para ouvirmos aquela doce melodia, que embalava nossas paixões, às vezes até secretas, pela nossa timidez. Lembro-me quando não se era correspondido no amor, se dizia: Estou em uma fossa danada.
Nessa época, a droga não existia em nossas rodas. Claro que o pessoal do PAZ e AMOR já peregrinavam pelo LSD e outras drogas, mas eram pessoas mais velhas. Nós éramos todos românticos e sonhadores, ninguém possuía carro, mas percorríamos quilômetros a pé pelas ruas do nosso bairro em busca de aventuras amorosas e, no domingo, fazíamos o balanço das nossas eventuais conquistas.
Não sou saudosista, mas confesso que naquela época os relacionamentos eram outros. Nossa maior balada eram os bailinhos de garagem, a matinê no Clube ou o cinema no final das tardes de domingo, que sempre terminavam em uma lanchonete comendo um hambúrguer e saboreando um Milk Shake.
O ponto é: o que acontece hoje em dia com os relacionamentos? Está tudo tão vazio em torno do amor, que os jovens estão andando em círculos em busca de um prazer que é efêmero. Beijava-se pouco, mas se amava muito... Hoje isso se inverteu, beija-se muito e ama-se pouco. Não existe um começo um meio e um fim. Na época, trocávamos cartas e bilhetes na saída da escola; hoje, troca-se música no MP3 e no Ipod e cada um na sua.
Hoje se mistura álcool, drogas e energizantes com direção... e se mata pela madrugada, achando natural essa loucura. Reúnem-se em lojas de conveniências, envolvendo-se em brigas homéricas e covardes, muitas vezes tirando suas próprias vidas, por banalidades difíceis para o entendimento dos pais que sofrem por não saber o que os filhos estão fazendo, nas ruas.
Já na fase adulta, que acontece com o relacionamento do homem, que não entende uma poesia, não sabe distinguir verso de prosa, nunca leu um romance e sente sono ao assistir um drama, alegando que as “letrinhas” são muito pequenas e seu único assunto são as peripécias com seu carro, sua moto, ou o time de futebol, naquelas horrendas rodinhas que se formam ao redor do churrasco aos domingos.
O que acontece com a mulher, que pela evolução tornou-se mais bonita e exuberante, é independente financeiramente, dona de si, mas sonha com um abraço apertado e um ombro amigo como porto seguro que lhe permita a paz e a quietude depois de um dia duro e estressante de trabalho, e por mais bonita, inteligente e exuberante que seja não encontra esse companheiro...
Onde anda o romantismo nos relacionamentos, respeito, admiração, orgulho da pessoa que está ao seu lado, onde anda o amor que todos buscam? Ao contrário, o que se vê são mulheres amedrontadas e escorraçadas pelos seus maridos, agredidas na frente dos filhos. Ao contrário, o que se vê, são homens fracos, mesquinhos, egoístas sem escrúpulo, que não aceitam o fim de um relacionamento tendo sua macheza ferida e vingada com a morte da companheira.
Relacionamento é uma via de duas mãos, uma troca onde existe o prazer, de procurar fazer o outro feliz, nas pequenas coisas do dia-a-dia, esse mundo que aí está nos tornou frios e céticos em relação ao amor ao romantismo e ao bem querer, ninguém consegue mais dizer: Eu te amo! Ninguém consegue mais olhar no olho, ninguém mais tem coragem para amar, ninguém mais senta e conversa, ninguém mais revê fotos do casamento, ou daquela viagem que foi dos sonhos.
Relacionamento é repetir as mesmas coisas, todos os dias, sem medo de ser chato, de cair no ridículo. Relacionamento é deixar de ser macho para ser homem, entender que mulher gosta de carinho e não de porrada. Relacionamento é a mulher também deixar de querer ser dona de si e criticar menos o seu companheiro para também lhe dar mais carinho e atenção.
Relacionamentos acabam, porque ambos deixam de ser o que eram antes do casamento. Em algum lugar, nesse caminho, as pessoas se perdem e daí a distância torna-se muito grande entre eles, mesmo que ainda permaneçam juntos vivendo sob o mesmo teto, ou se encurta essa distância, ou essa mesma distância mais cedo ou mais tarde, certamente irá separá-los.



Pense nisso.

Nelson Sganzerla






29 de mar. de 2011

Palavras são sementes



por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br


Em geral, costumamos não dar muita importância às palavras. Todos nós conhecemos pessoas que falam demais, que a tudo criticam e que de tudo se lamentam ou reclamam. Puxe pela memória e certamente você se lembrará de alguém que seja assim.
Pessoas que nas entrelinhas sempre reclamam da sua atual situação, seja financeira, seja amorosa, ou de trabalho, esses sempre estão no passado procurando justificar um presente, geralmente insatisfeitos com sua situação atual, não têm sorte, sempre são injustiçados e sempre existe algo ou alguém para colocarem a culpa.
Não entendem que o que os leva a essa situação de insatisfação e infelicidade são eles próprios, pela maneira que se posicionam em relação à vida, em relação a tudo aquilo que falam e costumam carregar como fardo às costas durante a sua vida terrena, ignoram que somos aquilo que pensamos e que falamos. Seja amargo, negativo e pessimista em relação à vida e a vida irá lhe retribuir da mesma maneira.
O universo trabalha assim, tudo é reação diante de uma ação, seja boa ou má de uma maneira ou de outra você terá sempre essa reação, não fosse assim criminosos teriam uma vida eterna e nunca iriam sucumbir diante de outro criminoso e teriam vida longa, mas sabemos que não é assim e temos exemplos recentes.
Você só atrai aquilo em que pensa e que fala. Passe a vida reclamando da sua situação de infeliz e receberá só a infelicidade. Assuma uma postura de perdedor e perdedor você será ao longo da vida... Isso é fato e não pense que irá mudar, pelo contrário, você irá atrair perdedores iguais a você ao seu redor e sempre irá conviver com pessoas infelizes e medíocres.
Tudo são vibrações e movimento e você, através dessa baixa vibração, irá atrair desentendimentos, infelicidade. Procure observar isso, geralmente em famílias que só se desentendem que só geram problemas, empresas que patinam e não progridem, funcionários negativos e problemáticos que, onde estão, prejudicam toda uma equipe, vibram todos em baixa; são pessoas pesadas em que a simples presença nos faz mal.
Algo acontece conosco lá atrás na infância, seja algum problema com os pais, algum problema grave com alguém da família, uma separação conturbada, uma infância molestada, um abandono de uma mãe, sempre desencadeia uma formação adulta negativa e pessimista e geralmente não se dá conta; e está aí criado um adulto pessimista e totalmente negativo na postura e nas ações.
Não quero aqui dizer que a vida seja sempre repleta de fatos felizes, que tudo é maravilhoso e que sempre exista um passarinho verde em nossa janela todas as manhãs; pelo contrário, na maioria das vezes, é repleta de batalhas, mágoas, dissabores e todo tipo de infelicidade, mas temos que superar sempre cada obstáculo como um guerreiro e vencê-los com postura de vencedor, que sabe que tem que passar por percalços e dificuldades, mas tem a certeza da vitória.
O vencedor cai e se levanta, sofre de solidão porque está sempre na contramão da história, geralmente é tido como um sonhador, um romântico um otimista sem noção de realidade, por isso, em geral está só em sua batalha pelo sucesso e pela prosperidade.
Você nunca verá um vencedor que não tenha sido criticado e falado em roda de invejosos e perdedores.
Você nunca verá um vencedor que não tenha provocado a inveja daqueles que não têm ousadia e se escondem na mediocridade, você nunca verá um vencedor que pense pequeno e que possua horizontes curtos e estreitos.
Mas, em geral, você verá perdedores reclamando sempre da sua situação atual perante a vida, da sua malfadada empreitada em algum negócio, do tempo em que era feliz e não sabia, de determinado emprego que lhe proporcionava certa zona de conforto.
Vencedores caminham sempre na contramão da história e sabem o preço que se tem a pagar pelo sucesso e pela prosperidade, sabem que todo pensamento negativo leva à infelicidade e ao fracasso. Sabem que tudo é construído com uma postura altiva e com uma mente positiva e que não importa o tempo de espera.
Sabem que palavras são sementes semeadas tanto para o sucesso como para o fracasso, portanto, procuram sempre tomar cuidado naquilo que dizem.


Pense nisso.

Nelson Sganzerla

28 de mar. de 2011

ATÉ QUANDO VOCÊ IRÁ VIVER RECLAMANDO DA VIDA ?



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Onde você pretende estar amanhã?



por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br

“Amanhã será um lindo dia, da mais louca alegria, que se possa imaginar”.

Guilherme Arantes

Adoro essa música e principalmente sua letra, porque fala do amanhã e certamente essa é uma palavra instigante e por que não dizer misteriosa, afinal, nenhum de nós sabe do nosso amanhã. Diria que é como esperar pelo amor da nossa vida, que irá chegar só amanhã. Desejar por demais concretizar nosso projeto de vida, que irá se realizar somente amanhã.
Só amanhã iremos sair de férias, só amanhã iremos conhecer o filho tão desejado, só amanhã saberemos se fomos aprovados na entrevista daquele emprego desejado, só amanhã sairá a lista de aprovados no vestibular; somente amanhã iremos saber se fomos promovidos... nosso carro novo, nossa nova casa, uma obra de arte, enfim... Só amanhã.
Notaram como tudo -via de regra- acontece amanhã? Mas o ponto é: para que tenhamos realizados os nossos sonhos, desejos, projetos e tudo de bom em nossas vidas, precisamos nos preparar hoje, precisamos preparar o campo, limpá-lo das ervas daninhas, adubá-lo com um bom fertilizante e semeá-lo com boas sementes, para termos uma boa colheita amanhã. Creia, sem esse ato nada acontece, nada se torna fértil.
Óbvio, virão as intempéries, chuva, geada, inundação, seca e teremos que estar atentos, afinal, corremos o risco de invadirem nossa plantação e tudo destruírem.
"Orai e Vigiai “ e sobretudo decida hoje o que quer e onde você irá querer estar no amanhã, procure ter esse foco a cada dia e acreditar sempre nesse amanhã, não importa o que esteja fazendo hoje, a idade que tenha e em que situação esteja.
Estamos acostumados a vivenciar o que nos acontece hoje e não temos em geral nenhuma preparação para o amanhã que sempre está por vir, nos tornamos angustiados e ansiosos, vivenciamos muitas vezes em nossas vidas etapas amargas que nos roubam a visão que precisamos ter do futuro. Certamente nos esquecemos de aplicar a experiência que a vida nos dá e somos pegos sempre nas mesmas armadilhas.
A vida está aí de portas abertas e janelas escancaradas, para que aprendamos com o que nos acontece e ela sempre espera de nós a decisão do que desejamos e de onde queremos estar amanhã. Caso não decidamos, tudo à nossa volta irá se repetir e o universo irá decidir por nós, ricos ou pobres, sábios ou ignorantes...
Todos iremos morrer um dia, portanto, escolha o que quer nessa vida e onde irá querer estar amanhã. Geralmente nos lamentamos de que tudo em nossa vida patina e nada acontece... eu digo que é por falta de querermos realmente dar uma direção à nossa vida.
É somente a nós que competem tais decisões; nos acomodamos com nossa rotina e temos medo das mudanças. Falta-nos a ousadia para querer mudar, falta-nos a coragem de remexer a fundo em nossas vidas e ver que por debaixo dos problemas poderá surgir tanta coisa nova ainda não vivida.
Pretenda um amanhã melhor e você o terá, direcione sua vida para novas experiências, queira sair do lugar comum que lhe aprisiona, tal qual uma valorosa pérola negra escondida dentro de uma ostra lá no fundo do oceano... de que adiantará ter esse valor todo que ninguém poderá apreciar?
O universo reserva um lugar que é só seu e ninguém poderá tomá-lo de você, está lá aguardando a sua chegada; só você poderá tomar posse deste espaço, ninguém mais! Portanto, não se preocupe se outros hoje estão em melhor situação, esse juízo de valor é você quem geralmente faz, erroneamente. Ninguém está melhor; você simplesmente não tomou posse do seu verdadeiro posto de comando em sua vida. assuma o que lhe pertence, esqueça o outro, o universo tem algo muito melhor para você, basta querer buscar.
De nada adianta ficar praguejando, sentindo-se injustiçado, dizendo a todo mundo que trabalha doze horas por dia, que leva trabalho para casa e perceber os muitos que não fazem o mesmo e se dão muito bem na empresa. Isso é perda de tempo, você está focando a sua vida baseado na vida de outra pessoa e passa a viver em função de outrem.
Procure viver a sua vida, ela é só sua, ninguém poderá vivê-la por você e creia: a sua vitória será certa se você souber o que deseja e onde quer chegar. Queira ser miserável e você será, queira ser milionário e você será.
Esse lugar também é seu, entenda! Na vida você escolhe o que deseja, o que quer ser e onde quer estar, no topo de uma pirâmide ou na base dela, a escolha é só sua.


Pense nisso.
Nelson Sganzerla










27 de mar. de 2011

O HOMEM ONTEM, HOJE E AMANHÃ



por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br                         



Meu querido pai, que hoje mora no céu, casou-se com minha mãe e juntos viveram anos a fio, passaram das “Bodas De Ouro” e, como companheiros um do outro, viveram juntos na saúde, na doença, na pobreza, na riqueza -tal qual o padre falou- e juraram fidelidade um ao outro.
Tenho como parâmetro para falar do “Ontem” a vida do meu pai aqui na Terra, apesar de simples e de muito trabalho. Não tenho como recordação nada que o desabonasse durante os seus anos de vida.
Trabalhou durante anos na mesma empresa, com responsabilidade e assiduidade sem ter tido ao menos uma falta sequer durante toda a sua vida profissional, só saiu porque se aposentou e teve o descanso merecido pelos anos de trabalho.
Meu pai apesar da falta de estudo, ensinou-me a ser cordato, ter educação e principalmente respeito pelas pessoas; deu-me carinho, atenção e jamais senti o peso da sua mão em minhas costas a não ser para me abraçar.
Meu pai foi um homem de “Ontem”, com seus valores, seu trabalho e seu respeito pelas pessoas, por isso foi muito querido e ao longo da vida teve muitos amigos e nenhum inimigo.
O homem de “Hoje” como parâmetro não se encaixa àquele homem de “Ontem”, como foram tantos iguais ao meu pai, que tinham respeito, que tinham sinceridade, que eram simples, mestres em lição de vida e que aqui na Terra passaram e hoje também moram no céu.
O homem de “Hoje” se perdeu, está sem rumo, não tem a força que tinham os homens de ontem, não ama mais, falta-lhe o talento para a vida, a habilidade para o trato com a companheira.
O homem de “Hoje”, não tem a certeza de quem seja, do que representa e daquilo que esperam dele, e do que ele mesmo espera de si, o homem de “Hoje” transgride, desrespeita. O homem de “Hoje”, busca aquilo que nem sabe ou nem tem certeza de querer.
O homem de “Hoje” quer ser sempre o melhor, não faz nada direito e cobra de quem faz, não tem comprometimento a não ser consigo mesmo; engana, dissimula e acha correto.
O homem de “Hoje” não consegue aprender, portanto, não sabe ensinar, quer sempre a vantagem sem o merecimento, detesta a sua vida, mas inveja a do outro; reclama do dia antes mesmo do sol raiar, deseja sempre o sim, mas não sabe ouvir o não.
A verdade sempre é cruel para o homem de “Hoje”, não suporta a rejeição; tem medo da solidão e não sabe o que é comunhão.
O homem de “Hoje” é vão, vago e genérico; não cria, imita, critica, não participa, fala e não sabe ouvir; falta-lhe postura, falta-lhe cultura, falta-lhe o berço, falta-lhe apego, falta-lhe sossego.
O homem de” Hoje”, não dá Bom Dia! E de tudo desconfia, não abraça, não aperta a mão; é superior, é doutor, é professor, mas esquece de ser pessoa.
O homem de “Hoje” grita para ser ouvido e não ouve o grito do clamor da ajuda, é atencioso com a intenção da recompensa e extremamente desatencioso com o que não lhe interessa.
Esse é o homem de “Hoje”, diferente do meu pai, do seu pai, de todos os pais e de todos os homens de “Ontem”; vil, cruel, insensato, orgulhoso, meticuloso, déspota, ardiloso, criminoso, prepotente, indiferente, arrogante, mal educado.
O homem de “Amanhã”, ainda não veio, ainda não está pronto, está sendo moldado, preparado para assumir o lugar do homem de “Hoje” e comandar com mãos de algoz ou de salvador, irá depender muito do que nós “Homens de Hoje” iremos deixar a eles como legado... quais valores serão passados?
Certamente, esses homens de “Amanhã” terão a tecnologia como ferramenta, a informação estará circulando em alta velocidade, de uma maneira que mesmo nós com algum conhecimento não conseguiremos acompanhar.
E rezemos para que, juntamente com toda essa tecnologia e toda essa informação, estejam também anexados o amor, a compaixão, o perdão, a esperança, a bondade, a alegria de viver, a educação e o respeito pelo ser humano, como tinha o homem de “Ontem”.


Pense nisso.

Nelson Sganzerla