1 de jul. de 2011

 
Luz

 Saul Brandalise Jr. 


Todos nós buscamos encontrar equilíbrio, lucidez, preparo, e mais saber ouvir, saber falar e saber esperar para que nossa caminhada neste planeta faça sentido.
A LUZ é isso. Uma somatória de adjetivos altamente qualificativos em que todos agreguem e potencializem em uma única direção nossa iluminação interior.
A caminhada é fácil? Claro e óbvio que não. É tão difícil e complicada que pensar em desistir faz parte do processo. Ao iniciarmos o processo de busca interior não nos damos conta de que a trajetória é árdua, complicada e cheia de percalços.
Principalmente porque buscamos o novo de maneira eufórica, sem nos darmos conta de que existem vícios e hábitos altamente enraizados em nossas vidas, e a esses temos que analisar, definindo os que ficam e eliminando os que não nos servem mais.
Aqui mora o principal problema de nossa busca. É a mesma sensação que o fumante sofre quando decide deixar de fumar. Ele pensa que só tem vício... Errado. Ele tem o vício e o hábito de fumar. Acender um cigarro depois do café não é sinal de vicio. É um hábito.

Nossos hábitos e vícios estão diretamente relacionados com os nossos valores e com a nossa família, o meio em que vivemos e a eventual religião que ainda seguimos.
Julgar as pessoas e falar mal delas é um hábito que pegamos a partir do meio em que vivemos. Continuar com isso se torna um vício sem que percebamos. Ora, isso cria karma. Quem somos nós para julgarmos aquele que também está em processo de aprender, de evoluir e crescer?
Buscar LUZ não significa apenas saber, ler livros, ir atrás de conhecimento e achar que isso é suficiente. O equilíbrio só vem do conhecimento aplicado. E é com esta forma de encarar a vida que conseguimos avaliar o quanto efetivamente sabemos. Sem equilíbrio não existe LUZ

Conheço pessoas que lêem dois livros por semana, mas continuam as mesmas.
Conheço pessoas que pouco lêem, no entanto, muito aplicam do que sabem e mudam seu comportamento a olhos vistos. Sem aplicar o que conhecemos não existe sabedoria. Sem sabedoria não há como se ter LUZ.
E, à medida que evoluímos, a cobrança vai ficando mais séria e difícil. É muito mais fácil ficar sem noção alguma e achar que tudo na vida é coincidência e obra do acaso. Para isso basta seguir os outros.
Mais fácil, ainda, é ser vítima. Para isso basta tomar um comprimido antidepressivo; dopar-se e comprometer o sexto chakra.
Lutar, buscar entender a vida, é muito complicado e se torna cada vez mais indispensável.
Entretanto, quando atingimos determinados patamares de conhecimento e LUZ, a vida fica muito mais fácil de ser desfrutada.
É óbvio que as pessoas à nossa volta estranham. Eles querem que sejamos como éramos. Pouco lhes importa se estamos mais felizes ou não.
Não é por um acaso que o momento atual se chama: PRESENTE... para que nós o desfrutemos e nos envolvamos a fundo com nossas verdades e percalços. Só assim alcançaremos LUZ.
Muitos livros funcionam como verdadeiras lanternas... mas desta forma nos esquecemos de que a LUZ é interior.

Sei que nos veremos, diferentes, em verdade.
Beijo na Alma




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28 de jun. de 2011

Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece!
Rosemeire Zago 


Esse antigo ditado chinês descreve uma idéia básica oriental, a conexão entre a psique humana e as ocorrências exteriores, o mundo interior e exterior. Alguma vez você pensou muito como resolver determinada situação, sem saber como deveria agir? E de repente teve uma intuição que deveria mudar o rumo das coisas ou o caminho a seguir, podendo ser logo depois de abrir a página de um livro que leu sem querer, ao ouvir uma conversa na fila ou após um sonho? Pensou em alguém que gostaria de falar ou encontrar e logo em seguida se encontrou ou recebeu um telefonema da pessoa que pensou? Essas situações podem se tornar comum em alguma época na vida de algumas pessoas, o que nos confirma que nada acontece por acaso.

Apesar de nós, ocidentais, termos muita dificuldade em entender esses eventos, muitas vezes acreditando que tudo aquilo que não pode ser percebido pelos cinco sentidos ou explicados pela razão, seja considerado de menor valor, na verdade a sincronicidade nos proporciona um vislumbre interior e que há de fato um elo entre nós e o Universo. Mas como os eventos significativos são manifestos em linguagem simbólica, podem dificultar seu entendimento e assim se tornam muitas vezes ignorados e desprezados. Mas talvez seja possível entender um pouco mais sobre as coincidências significativas tendo uma compreensão da teoria de Jung. A primeira vez que Jung utilizou o termo sincronicidade publicamente foi em 1930, mas a primeira publicação só ocorreu em 1952, quando ele tinha 75 anos. Como podemos perceber esses fatos já são estudados há algum tempo.

Muitos acontecimentos aparentemente casuais podem ser significativos. Quantas vezes você não se deparou com coincidências ou encontros e não pôde explicar como ocorreram? Ou seja, quando existe uma coincidência entre um sentimento ou um pensamento e acontece um evento externo do qual a pessoa sente como significativo, damos o nome de sincronicidade. As coincidências significativas mais comuns acontecem quando estamos num momento de maior reflexão sobre o sentido da vida, momentos que parecem de algum modo diferentes, mais intensos e que não conseguimos muito explicar o que ocorre.

Não há explicação racional para situações em que uma pessoa tem um pensamento, sonho ou um estado psicológico interior que coincida com um acontecimento. Como nos casos em que pensamos em alguém, o telefone toca, e quem chama é a pessoa na qual estávamos pensando. E quando esses eventos tornam-se constantes é comum as pessoas ficarem assustadas, pois não entendem a profundidade desse processo. Quando entendemos e aceitamos a idéia de sincronicidade, qualquer acontecimento pouco comum é um convite para parar e pensar. Podemos sentir que algo está tentando nos dizer alguma coisa e essa sensação aumenta com cada novo acontecimento nesse sentido. Ter consciência de que as coincidências acontecem conosco é o primeiro passo para que passem a acontecer cada vez mais. Seja qual for o sinal, sentimos que é preciso decifrar uma mensagem e com isso tendemos a nos conhecer e crescer. É quando começamos a ter consciência de que algumas ocorrências podem mudar nossa vida. Para a sincronicidade, as coincidências dos acontecimentos significam algo mais do que mero acaso. Houve alguma coincidência que fez com que você chegasse até esse artigo e que agora percebe que foi significativa?
A sincronicidade pode nos dar a confirmação de que estamos no caminho correto, ou ainda, que devemos mudar o rumo que estamos indo. Algumas sensações como calafrio subindo pela espinha, de espanto ou calor, freqüentemente acompanham a sincronicidade.

Se quiser, poderá fazer um registro de informações em forma de diário. Formule as perguntas certas e fique atento que as respostas chegarão. Mais cedo ou mais tarde as coincidências vão ocorrer para levar você na direção indicada pela intuição. Quando passar a ouvir sua intuição, sua voz interior, logo perceberá que sua confiança proporcionalmente irá aumentar. Comece a ficar atento aos fatos de sua vida e em que circunstâncias eles ocorreram. Poderá ainda fazer um exercício construindo sua linha de tempo para aumentar seu autoconhecimento. Escreva eventos significativos de sua vida desde seu nascimento até o momento presente. Quais foram as situações mais marcantes em sua vida? Não precisa ser minucioso no relato, coloque eventos chaves que aconteceram de acordo com o ano ou com sua idade na época. Depois analise e identifique as lições que cada fato pode ter trazido para você e que pode não ter percebido quando ocorreram. Tenha consciência que sua vida tem um objetivo e que tudo que te acontece pode ter uma mensagem e um aprendizado. O que podem ter te ensinado? Percebeu um padrão repetitivo de experiências? Qual parece ser o objetivo da sua vida até agora? É isso que ainda quer para você ou tem perseguido objetivos que foram impostos e você os aceitou como seus? O que você preferia estar fazendo? O que te impede de mudá-los? Essas são apenas algumas sugestões de perguntas que você poderá fazer e deixar sua intuição e a sincronicidade te guiarem. Como diz Richard Bach: Cada pessoa, todos os episódios de sua vida, aí estão porque você aí os colocou. O que você escolhe fazer com eles, depende de você! E o que fazer com eles pode ser indicado pela sua intuição e sincronicidade. E realmente acontecem, por isso fique atento!

Se quiser saber mais:
- Jung, Sincronicidade e Destino Humano. - Progoff, Ira - Ed. Cultrix
- A Sincronicidade e o Tao - Bolen, Jean Shinoda
- A Profecia Celestina - Redfield, James - Ed. Objetiva

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27 de jun. de 2011

O amor consciente

Elisabeth Cavalcante


Todos desejamos a felicidade no amor. Mas, quantos de nós somos capazes de vivenciar este sentimento de modo maduro e consciente?

Muito poucos, certamente. E isto acontece porque a maioria dos seres humanos se relaciona sempre tentando obter do outro o ideal de plenitude e êxtase com que tanto sonham.

É uma grande responsabilidade que colocamos sobre a outra pessoa, a de nos garantir um paraíso permanente, onde reine a eterna harmonia. Se não somos capazes de alcançar este estado de equilíbrio por nossa própria conta, como podemos exigir do outro que o faça?

O primeiro passo na conquista de uma relação duradoura é tomarmos consciência de que esta não é uma tarefa fácil. Não basta desejar, é preciso se manter alerta, todos os dias, para não permitir que o ego e suas armadilhas predominem em nós.

A consciência permanente de que não somos perfeitos e, portanto, não podemos exigir de ninguém a perfeição, faz toda a diferença na arte da convivência.

Outro detalhe essencial é não criar expectativas exageradas sobre a outra pessoa e o relacionamento. Muitas das decepções que sofremos são o resultado de nossas próprias fantasias a respeito do outro, de nossa dificuldade em enxergá-lo ou aceitá-lo exatamente como ele é, e não como gostaríamos que fosse.

Ao invés disso, tentamos modificá-lo, na esperança de que ele se encaixe no modelo do amor ideal com que sonhamos. Este é o caminho mais rápido para que as cobranças se instalem e a relação tenha fim.

Focar nossa atenção nas qualidades do outro, mais do que em seus defeitos, e tentar não perder de vista os motivos que fizeram com que nos apaixonássemos por aquela pessoa, é essencial para que as fantasias se dissolvam e, finalmente, possamos viver a experiência do amor consciente.

"Quando você começa a se relacionar com seres humanos, você tem que levar em consideração que seres humanos não são coisas, são consciências. Você não pode dominá-los - embora quase todo mundo esteja tentando fazer isso e, dessa forma, estragando toda a vida do outro.

....Amar um ser humano é uma das coisas mais difíceis do mundo, porque no momento em que você começa a mostrar o seu amor, o outro começa a entrar numa viagem de poder. Ele sabe que você é dependente dele ou dela. Você pode ser escravizado - psicologicamente, espiritualmente - e ninguém quer ser um escravo. Mas todos os seus relacionamentos humanos acabam virando uma escravidão.

Todo ser humano tem um direito de nascimento de não ser dominado por ninguém - mas também um dever de nascimento de não tentar dominar ninguém. E só assim a amizade pode florescer.
O amor precisa de uma clareza de visão.
O amor precisa de uma limpeza de todas as espécies de coisas feias que estão em sua mente - ciúme, raiva, desejo de dominar.

...Nós aceitamos uma idéia falsa de que sabemos como amar. Nós não sabemos. Estamos vindo dos animais. Os animais não amam.
O amor é um fenômeno muito novo na vida humana. Os animais se reproduzem, mas não se amam... O amor é um fenômeno novo que surgiu com a consciência humana. Você terá que aprendê-lo.

Pintar belos quadros, criar poesias, esculturas, música, dança - isso está nas suas mãos. Mas quando você entra em contato com um ser humano, você tem que compreender que, do outro lado, está presente o mesmo tipo de consciência. Você tem de ter respeito e dar dignidade à pessoa que você ama...
...Amor é um outro nome de se compartilhar... Seu amor -o que você chama de amor- não é um compartilhar, é um esforço para obter algo.

...Você terá de mudar o significado de amor. Amor não é algo que você tenta ganhar do outro. E essa tem sido toda a história do amor - todo mundo está tentando ganhar amor do outro, tanto quanto possível. Ambos estão tentando ganhar e, naturalmente, ninguém está ganhando nada.
Amor não é algo a ser obtido.
Amor é algo a ser dado.
Mas você só pode dar quando você tem.

Você tem amor dentro de você? Você já se fez essa pergunta? Quando sentado em silêncio, você já observou? Você tem alguma energia de amor para dar?

...O relacionamento humano precisa de compreensão.

Minha sugestão é: medite. Torne-se mais e mais silencioso, calmo, tranqüilo. Deixe uma serenidade surgir em você.
Isso lhe ajudará de mil e uma maneiras, não apenas no amor".
OSHO - Sermons in Stones.
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26 de jun. de 2011

Carga Energética

 Acid


Nunca mais tinha ocorrido um daqueles "causos" que me motivaram a criar o Saindo da Matrix (é, antes mesmo de ter esse nome ele era simplesmente um registro de estranhezas). Mas eis que surge neste fim de semana um caso que só não foi mais interessante porque eu fui a vítima.

Uma "carga negativa" é uma espécie de ataque energético que a pessoa sofre vinda de outra pessoa ou de um ambiente "carregado". Isso não quer dizer que a pessoa é malvada ou quis atacar (quando há intenção chama-se de "mau olhado" ou "olho gordo"), mas que essa pessoa está energeticamente desestabilizada a ponto de funcionar como um buraco negro, sugando e desestabilizando a energia em sua volta. Pra isso nem precisa haver contato físico, um telefonema já pode ser o suficiente pra passar a "carga", pois basta uma interação mental (facilitada pela afinidade) com a pessoa.

Acontece que eu peguei uma carga dessas, que afetou tanto meu estado mental como físico, numa parte do meu corpo que já é normalmente fragilizada. Na sexta-feira, eu literalmente não consegui dormir, com agitação mental, falta de ar e dores que pra mim (e pra medicina) tinham tudo a ver com o quadro físico. Tanto que pela manhã fui parar no hospital, onde a médica me receitou dois remédios (um deles eu já vinha tomando e não vinha adiantando). Passei o sábado me medicando e descansando, achei que estivesse bem, mas na hora de dormir ocorreu tudo de novo. Fiquei das 23h30min às 2h da manhã deitado mas sem dormir, com todos os sintomas de outrora, apenas repousando o corpo (mas não a mente), até que me deu o estalo (ou desespero) de começar a me investigar energeticamente (ok, eu demorei pra fazer isso!) e percebi um "vazio" num ponto específico do corpo (também afetado fisicamente). Não havia nem dor, desconforto, nada. Então, peguei um incenso de breu (um incenso gigante, bem mais grosso que um incenso normal, o que produz um rolo de fumaça bem adequado pra defumação) e comecei a me "limpar". Como eu já havia visto espíritos limpando gente (com vela, galhos de arruda, defumador) eu imitei o procedimento, que agora compartilho com vocês:

Comece defumando pela sola dos pés, e vá subindo pela lateral das pernas. Sempre mentalizando sua cura de forma FIRME E CLARA, como uma ORDEM. Tenha em mente que todas as energias ruins irão embora, e se quiser usar um mantra, do tipo "maior do que Deus, ninguém!" é bom, também. Passe por baixo dos braços, por cima, costas, frente; imagine que o incenso é como uma pá, removendo as impurezas do corpo. Quando chegar na cabeça faça um movimento espiral ao redor da cabeça, e também em cima da cabeça. Imagine que a energia "pesada" está se dissipando com esses movimentos (como o açúcar dissolve no copo d'água ao mexer com a colher). Imaginação é essencial para esse tipo de trabalho. Detenha-se mais na área afetada (se tiver). No meu caso eu fiz movimentos espirais na área afetada, como que fazendo o chakra "pegar no tranco".

Aproveitei o breu e dei uma defumação na minha casa toda. Fiz isso de dentro (dos quartos) pra fora (a sala). Enfumacei minha cama, e todas as quinas de todos os cômodos (especialmente por detrás das portas). Se quiser faça um símbolo de poder (pode ser uma cruz, pode ser outra coisa com a qual você se conecte) nas portas com a fumaça, como se fosse um selo de proteção.

Após isso tive a intuição de jogar fora o resto do breu em um lugar com areia ou mato. Felizmente, foi só jogar pela janela, num terreno abandonado e sem possibilidade de causar incêndio. Após isso, minha intuição me disse pra tomar banho e trocar todas as roupas que eu estava usando. Daí me deitei pra dormir, fechei os olhos e... pela primeira vez em 24h dormi como um anjo, sem nenhum dos sintomas que há menos de meia hora me afligiam.

Explicação física pra isso? Não tenho. A explicação espiritual é fácil, teve a ver com defumação. Mas há também uma possível explicação psicológica, que tem a ver com MAGIA. Deus sabe que eu queria muito poder dormir, desde ontem, mas nem meu corpo nem minha mente obedeciam. Somente através da MAGIA (uma forma de interação do mundo físico com o espiritual) acessei uma instância superior de minha mente e, através de um RITO (ritual de defumação) coloquei ORDEM na "casa".

O fato é que os efeitos físicos ainda perduram, em menor intensidade, até hoje; o que significa que nem tudo é espiritual, nem tudo é físico, e que é preciso estar atento aos dois.



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